
Se queremos estudantes autônomos, solidários e competentes, cada vez mais é fundamental estimular os questionamentos que eles fazem acerca do mundo, pois eles são as diretrizes do trabalho do professor tanto de Práticas Experimentais quanto dos outros componentes curriculares dos Anos Finais ou do Ensino Médio, sendo o trabalho com metodologias ativas fundamental para promover o protagonismo dos estudantes.
Desde o nascimento, aprendemos a partir de experiências concretas, que aos poucos ampliamos e generalizamos por meio do processo indutivo. Também adquirimos conhecimento a partir de ideias e teorias, que são posteriormente testadas na prática, caracterizando o processo dedutivo.
Diante disso, algumas reflexões se tornam essenciais:
No ensino e na aprendizagem, predominam metodologias indutivas ou dedutivas?
Quais as potencialidades e limitações de cada abordagem?
Como potencializar o equilíbrio entre esses processos, promovendo um ensino híbrido e mais eficaz?
A aprendizagem torna-se ativa e significativa quando ocorre de forma progressiva, avançando de níveis mais simples para mais complexos de conhecimento e competência. Esse desenvolvimento se dá em todas as dimensões da vida, tornando o aprendizado um processo contínuo e adaptável.
Pesquisas recentes em neurociência demonstram que o aprendizado é único para cada indivíduo. Cada pessoa assimila melhor aquilo que é relevante e faz sentido para si, criando conexões cognitivas e emocionais.
Aprendemos aquilo que nos desperta interesse, que ressoa com nossas experiências e que corresponde ao nosso estágio de desenvolvimento. Esse entendimento reforça a importância de metodologias que respeitem o ritmo e as particularidades de cada aprendiz, tornando o conhecimento mais acessível e aplicável à realidade de cada estudante.
Portanto, ao adotar metodologias ativas, promovemos um ensino mais envolvente e alinhado às necessidades individuais dos estudantes. A seguir, algumas Metodologias Ativas
Aprendizagem baseada em problemas
É uma metodologia ativa na qual são selecionados problemas (muitas vezes interdisciplinares), e o professor orienta o processo de aprendizagem, colocando questões sobre a conclusão da experiência. Nas aulas, os estudantes e o professor discutem os detalhes do objeto de conhecimento, envolvendo-se em diálogos significativos, em quatro fases distintas: intenção, planejamento, execução e julgamento.
Laboratório rotacional
É uma das metodologias ativas na qual os estudantes são divididos em dois espaços de trabalho, sendo um com acesso à internet e o outro sem, para trabalharem com a mesma situação-problema.
Rotação por estação
É uma metodologia que utiliza estações temáticas sobre o mesmo assunto na qual os estudantes "rodam" por elas para se apropriarem do objeto de conhecimento estudado.
Sala de aula invertida
É uma metodologia na qual os estudantes devem se preparar para a aula estudando em casa o objeto de conhecimento indicado pelo docente. O sucesso desse formato depende de uma mudança de atitude, pois é preciso que o docente organize as atividades que serão desenvolvidas pelos estudantes (em outro momento que não seja durante a aula) e, por outro lado, eles devem estar organizados e dispostos para dinamizar o processo de aprendizagem que esse método exige.
Gamificação
A Gamificação é uma estratégia de metodologia ativa. Utiliza-se de elementos comuns em jogos (desafios, competição, personagens, pontuação, objetivo claro a ser alcançado, recompensas) para promover a aprendizagem.
Estimula o ensino lúdico e o pensamento analítico, ou seja, não é apenas para fins de entretenimento.
O recurso tecnológico não é uma necessidade para a realização da gamificação, porém algumas plataformas estruturam os jogos tornando-os mais dinâmicos e interativos.
Aprendizagem Baseada em Problemas
A Aprendizagem Baseada em Problemas, conhecida como ABP (ou até mesmo PBL, do inglês, sigla de problem based learning), é baseada na solução de problemas e, assim como a Gamificação, também parte de um desafio.
Os(as) estudantes são desafiados a encontrar solução para um problema, pesquisando, debatendo, levantando hipóteses e investigando de forma colaborativa e protagonista.
Destaca-se sua relação com a resolução de problemas reais, mesclando teoria e prática, levando a trabalhar com a criatividade e a reflexão.
Aula Invertida
Na Sala de Aula Invertida o conteúdo é estudado previamente, em espaços e horários diferentes da aula, podendo contar com a tecnologia para transformar qualquer ambiente em espaço para estudo, e a aula é o lugar para perguntas, discussões e atividades práticas, promovendo a Aprendizagem Ativa.
A Sala de Aula Invertida desenvolve a autonomia, a capacidade para resolução de problemas, a criatividade e o senso crítico dos estudantes, por meio da pesquisa prévia dos conteúdos a serem abordados durante a aula, ressaltando o seu protagonismo enquanto sujeitos nos processos de ensino e de aprendizagem.
Rotação por Estações
A Rotação por Estação divide a sala de aula em “estações” e estudantes em grupos. Cada estação deve contemplar uma atividade diferente, sendo que, ao menos, uma utilize tecnologia. As atividades são realizadas ao mesmo tempo pelos grupos de estudantes, de modo que todas sejam por eles vivenciadas. Ao final das rodadas, é importante compartilhar as experiências e descobertas que essa estratégia proporcionou.
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Bibliografia
Práticas Experimentais – 1ª Edição/2021 | Módulo 3: Práticas Experimentais nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio | Questionário avaliativo do Módulo 3.
Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL): Curso 2 – 1ª Edição/2023 | Módulo 1 - Gestão em Sala de Aula | Unidade 3: Construção do Conhecimento.
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