Teorias de Aprendizagem
![]() |
| Imagem do pixabay |
O conteúdo a seguir foi retirado na íntegra do curso EFAPE Uso de Dispositivos Móveis em Sala de Aula – 1ª Edição 2022. Os diálogos nos vídeos tem como pano de fundo o uso da tecnologia em sala de aula. Veja os temas a seguir e bons estudos.
Teorias de Aprendizagem
Teorias de Aprendizagem estão à nossa disposição para dar sustentação e auxiliar a fluidez do nosso trabalho de Professor no processo ensino-aprendizagem. Ao longo dos anos fomos tendo acesso a diferentes teorias, diversas correntes, variados pensadores, filósofos, psicólogos, pesquisadores da Educação e do seu processo educacional. Lemos, ouvimos, vimos e vivenciamos essas teorias focadas no Professor, no estudante, na Escola, no processo, enfim, numa gama de sujeitos e de objetos de estudo. Assim, estamos convidando você a fazer e a ter, novamente, contato com algumas dessas teorias necessárias para o entendimento do curso. Enfim, revisitá-las.
Vamos rever algumas teorias que nos ajudarão a compreender o uso das tecnologias digitais, dentro e fora da sala de aula, como outro instrumento de mediação qualquer.
Nossa intenção é fazer com que, após o curso e fundamentados pelas teorias, esses conhecimentos sejam incorporados, aprimorados e aplicados à prática pedagógica do Professor, fazendo com que a sua atuação profissional seja melhor, mais prática e o seu tempo seja aproveitado de maneira objetiva.
Interacionismo sócio-histórico-cultural
Centremos inicialmente a nossa atenção no precursor dessa teoria, o bielorrusso Lev Semyonovich Vygotsky (1896-1934).
Vygotsky é o principal nome do interacionismo sócio-histórico-cultural. Em seus estudos, valorizou a interação social e as suas relações de pensamento e linguagem. Procurou explicar o processo de aprendizagem do ponto de vista do desenvolvimento cognitivo.
Assista a videoaula a seguir e conheça um pouco sobre o trabalho de Vygotsky e sua relação com o uso dos dispositivos móveis na escola.
Mediação de Atividade Social
O russo Alexei Nikolaevich Leontiev (1903 – 1979) propôs que qualquer atividade humana venha de necessidades culturais, estabelecida por uma razão, por um motivo. No nosso caso, isso envolve a formação de um professor que incorporará tecnologia na realidade da sala de aula.
Assista no vídeo a seguir e veja como isso pode ocorrer em interações dialógicas.
Atividade social histórica-cultural
O finlândes Yrjö Engeström (1948 -) propõe o que Harry Daniels (2001) chama de “2ª geração da Teoria da Atividade”. Engström expande a análise de relacionamento na atividade, envolvendo mais componentes e destacando a função de cada elemento de interação. Neste caso a expansão de considerar o uso de recursos tecnológicos, por exemplo, que junto com a mediação adequada do professor permitirá a construção de conhecimento ampliado e significativo do estudante.
No próximo vídeo veremos como esse destaque ocorre.
Construcionismo
Baseando-se nas ideias construtivistas de Jean Piaget, o sul-africano Seymour Papert (1928–2016) propôs a ideia Construcionista. Essa teoria propõe que as construções mentais do sujeito, oriundas de suas próprias construções e interações sociais de mundo, dão estruturas sólidas para que mais conhecimentos possam ser agregados por ele.
Para conhecer melhor o Construcionismo, assista a videoaula a seguir.
As dimensões do construcionismo segundo Papert
Dimensão Pragmática
O sujeito percebe o aprendizado como conhecimento contextualizado para aplicação imediata. Ele atribui sentido e significado naquilo que julga ser pertinente quando está agregando os saberes aos quais é exposto.
Dimensão Sintônica
O sujeito atribui sentido e significado ao aprendizado que os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem têm acesso, o que promove uma sintonia entre o objeto (o que é aprendido, o motivo, o projeto) e o sujeito (o estudante). Isso faz com que os instrumentos de mediação sejam elementos agregadores e facilitadores do conhecimento.
Dimensão Sintática
Trata-se da forma fácil que o sujeito interage e utiliza os instrumentos de mediação disponíveis no seu processo ensino-aprendizagem. A manipulação desses instrumentos e a combinação sintática dos elementos gerais do aprendizado (combinação dos diversos signos da atividade entre si), auxiliam na construção do conhecimento e no seu desenvolvimento.
Dimensão Semântica
Está aliada justamente à atribuição de significados e percepção dos sentidos envolvidos nas diversas ações e operações da atividade. A construção do conhecimento é feita com o a empatia pela atividade e a progressão de novos significados, novas sentidos e novas recontextualizações.
Dimensão Social
O sujeito percebe claramente a relação social e cultural nos instrumentos de mediação e no objeto, promovendo assim um resultado agregador em seu conhecimento. Relaciona-se à contextualização social, histórica e cultural em que a atividade está inserida.

Comentários
Postar um comentário